8 de julho de 2011

Coletiva de imprensa A Escola do Escândalo


A maldade é fatal para a comédia


Ao lado de grande elenco, Miguel Falabella traz o espetáculo A Escola do Escândalo para São Paulo e dispara: “O politicamente correto é muito chato. E o texto mostra justamente as fragilidades do ser humano. Quem nunca sentou num bar para falar mal de alguém?", diz ele, responsável pela adaptação e direção da peça.

Uma pitada de maldade é fundamental para uma boa comédia, garante o autor, diretor e ator Miguel Falabella (54), que traz pela primeira vez para São Paulo a comédia de costumes A Escola do Escândalo, texto do autor irlandêsRichard Brindley Sheridan. “É possível fazer humor sem um pouco de maldade? Este é um dos questionamentos da peça”, diz o diretor logo no início da entrevista coletiva, ao lado do elenco, nesta terça-feira, 5, no teatro Raul Cortez, na capital paulista.

Após temporada de sucesso no Rio de Janeiro, a peça com adaptação e direção de Miguel Falabella chega a São Paulo e fica em cartaz de 8 de julho a 18 de setembro.“Conheci este texto ainda na época em que fazia faculdade e comecei a traduzi-lo lentamente nas madrugadas de insônia. Fundi 23 personagens em 10 e tive a coragem de montar, já que é preciso coragem para mexer em um texto como o de Sheridan”, explica Falabella. “Montar esta peça era um sonho que eu acalentava”, completa.

O espetáculo será apresentador em em dois atos, e não três como no Rio de Janeiro, – o texto original apresentava cinco atos - e o ator Tonico Pereira (63) substituirá Ney Latorraca (66) no papel de Pedro Atiça, o marido rabugento de Rosália, personagem de Maria Padilha (52).

Além de Maria e Tonico, o casal principal da peça, estão no elenco Bruno Garcia(40), Jacqueline Laurence (78),Cristina Mutarelli (55), Rita Elmôr (36), Marcelo Escorel (50), Chico Tenreiro, Bianca Comparato (25) e Armando Babaioff (30).

Para Falabella, o texto de Sheridan mostra vários aspectos de uma sociedade, independente de sua época, tais como o prazer de falar da vida alheia, a ambição, a maledicência. “O politicamente correto é muito chato. E o texto mostra justamente as fragilidades do ser humano. Quem nunca sentou num bar para falar mal de alguém?”, pergunta ele. “E a maldade é fatal para a comédia”.

Fonte: Caras

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