13 de maio de 2011

Entrevista "Diário de Natal"


A turnê nacional da comédia que deu origem ao musical A Gaiola das Loucas - escrita pelo francês Jean Poiret, em 1973 - chega a Natal para temporada de três dias de espetáculo no Teatro Riachuelo. A história de um dos maiores sucessos da história do teatro francês é conhecida: Georges (Miguel Falabella) é o proprietário do cabaré A Gaiola das Loucas, em Saint Tropez. Famoso pelos seus shows de transformistas, o local tem sua vedete: Zazá, o transformista mais famoso de toda Riviera que, ao tirar a maquiagem, transforma-se em Albin (Sandro Christopher), com quem Georges mantém uma relação estável há mais de vinte anos. A relação entre os dois personagens é tão solidamente estruturada que ambos têm um filho: Lourenço, fruto de uma aventura de Georges nos bastidores do Lido de Paris, quando ele era bem jovem. O diretor, autor e ator da peça é o multifacetado Miguel Falabella. Entre um ensaio e outro, já no avião rumo a Natal, o artista global que apresentou o Vídeo Show por quase duas décadas respondeu às perguntas do Diário de Natal.


Você tem se notabilizado nos últimos anos pelas grandes produções teatrais, sejam musicais ou espetáculos no formato da Broadway. É proposital essa nova vertente em sua carreira? O que tem lhe atraído neste tipo de teatro?

Fazer comedia é parte da minha essência, é o que me faz feliz. Adoro sentir o público se soltar em belas gargalhadas como reação ao que acontece no palco. Esta química que acontece entre o artista e o espectador é algo extraordinário, revigorante. Desde Os Produtores passando pelo Hairspray e a Gaiola das Loucas, tem sido uma grande aventura trazer os grandes musicais da Broadway para o público brasileiro que por sua vez tem demonstrado uma grande satisfação ao assistir as grandes produções.

Os musicais produzidos no Brasil tem pecado no excesso de sentimentalismos e textos rebuscados do teatro clássico? Você tem a concepção de que musicais devem oferecer mais divertimento, plasticidade e entretenimento?

O objetivo de todos nós, produtores, atores e diretores é buscar a satisfação do público, é viabilizar o momento mágico durante aqueles duas ou três horas de espetáculo. Não interessa tanto assim se estamos falando de um drama, de uma comédia ou de outro gênero. O que buscamos é a satisfação do público. Afinal, o que seríamos sem um público satisfeito? As pessoas precisam relaxar e uma boa peça pode contribuir enormemente para o bem estar do indivíduo. Este é o nosso grande objetivo

Falta crítica especializada em teatro no Brasil? O que você acha das críticas de Bárbara Heliodora?

Se topamos subir no palco precisamos estar abertos a críticas. Faz parte do nosso trabalho como artista.

O que falta para que os musicais sejam melhores acolhidos pelo público brasileiro e até alcancem projeção internacional?

Os musicais chegaram no Brasil faz poucos anos e a meu ver estão sendo bem muito bem aceitos pelo público. Acho que o interesse só tende a crescer. A Gaiola das Loucas esteve em cartaz no Rio e São Paulo durante um ano e agora ainda temos uma turnê de várias semanas. O público está recebendo a obra muito bem.

Como tem sido a recepção do musical nos teatros nordestinos e o que você espera do público natalense?

A receptividade tem sido excelente, como em todas as demais cidades por onde passamos. Queremos e VAMOS proporcionar um belo espetáculo ao público de Natal. Ver nosso objetivo realizado que é a satisfação das pessoas ao assistirem a peça.

Para quem quiser ir, mais informações aqui

Abraços!

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