14 de outubro de 2009

Documentário: Encerramento



Ficamos meses ─ de final de agosto a início de outubro ─ preparando o especial ao Miguel. Foram dias tensos, pois tínhamos período de entrega, mas principalmente folgazões e únicos, por estarmos trabalhando numa homenagem a pessoa que nós mais contemplamos, sem qualquer ambigüidade.

No começo do especial, ainda com os pensamentos, abrangemos que os fãs estavam gostando. Ficamos majestosamente ledos com isso. Quando o documentário começou a ser exposto, experimentamos uma frialdade no abdômen, pois tínhamos receio de uma rejeição. Todavia, prontamente vimos que os tietes laurearam e aclamaram. Recebemos comentários de estímulos, enaltecedores, que nos colocaram para cima, equivalendo ao melhor medicamento para a consternação, angústia ou incerteza.

Houve algumas claudicações, como nas postagens ou até mesmo desacertos ortográficos ─ conseqüentes da ansiedade na digitação, uma vez que elaborávamos algo inédito, tanto para vocês quanto para nós ─, contudo, o ser que não errou em toda sua existência, que arroje o primeiro seixo. Buscamos assoalhar tudo que sentíamos por nosso ídolo, mas não conseguimos, pois o amor e a afeição à gente não descreve, sente. Quando alguém narra o seu amor por outra pessoa, na verdade, não ama, simplesmente simpatiza. No entanto, abichamos algo muito importante: mostrar toda a trajetória do Miguel, por meio de escritas e imagens, pesquisados minuciosamente por nós, nas menores minudências. Talvez estas apoucadas falhas escaparam por causa do tempo, o maior vilão desta história. Eram mais de trinta anos para pautar, algo afanoso para quem começava no término do oitavo mês do ano. Nos derradeiros dias, tivemos um escasso tempo para uma revisão, a qual acabou sendo superficial, daí os desacertos. Contudo, as pessoas, com o coração maior que o planeta, não se envolveram com essas pequenas minúcias e viram nossa afabilidade para com o Rei. Acreditamos e conseguimos.

Ao concluir o documentário, com aquele clipe de encerramento, lacrimejei, de emoção, por ver algo tão bem trabalhado findo. Houve momentos que cheguei a não acreditar, mas a vida me vinha com palavras de apoios de amigos, as quais me faziam ter outra visão. Pude concluir que quando fazemos algo com apego no peito e determinação, nada é impossível.

O fastígio das nossas alacridades foi quando conseguimos, através das gloriosas mãos de perenes amigos, ininterruptamente prontos para auxiliar, entregar o documentário nas mãos do Miguel, ao término de um dia ditoso, atopetado de gargalhadas e descontração, nas gravações de um episódio do Toma Lá Dá Cá. Novamente derramei lágrimas, as quais transbordariam a mais profunda cratera lunar, para ter-se um conceito de minha exultação e emoção. Aquele sorriso do Miguel ao ganhar o presente não me sai da cabeça. Tão correspondente, tão cativante. A sensação que dava era que eu estava lá, ao lado dele, vendo-o desembrulhar o presente e fascinar-se com o documentário. Ainda não recebemos um retorno, de agradecimento ou não, mas isso se torna irrelevante, uma vez que já chegamos tão perto dele. Talvez um dia, eu ainda realize minha quimera de vê-lo em minha frente, com aqueles ombros marcados pelas tarefas e prosperidade, tendo o ensejo de dar meu mais lhano abraço, num homem, que sem saber, abriu os braços para mim, fazendo com que me tornasse seu admirador por toda a vida.


O mundo está sempre girando e nós temos que contornar contíguo com ele. Não dá para permanecermos cessados. Temos que escrever os parágrafos da nossa história e eles têm que ser em sua maior parte prósperos ─ sim, maioria, não todos, pois a vida, infelizmente, não é feita apenas de júbilos. Se um dia eu, no litoral da minha existência, esperando para imergir nas águas da imortalidade, decidir escrever uma autobiografia, estes dias que passei homenageando o Miguel estará incluído, compreendendo assaz e respeitáveis parágrafos da obra.

Obrigado Arminda Falabella e Edmo Souza, pais eternos, por terem nos dado este presente tão admirável ao mundo. Quando eu finar, pedirei ao santíssimo que construa minha residência perto das de vocês, para poder admirá-los eternamente e ver que a benevolência move a vida e perdura por toda a imortalidade.

Abraços!

3 comentários:

Unknown disse...

Vinícius e Elaine,

Vocês estão de parabéns pelo documentário. É um trabalho esplêndido que vocês fizeram.
Foi muito bom ver todas as fases da carreira de Miguel Falabella. Com certeza, ele deve ter adorado essa homenagem que é muito merecida. E os fãs dele também se sentem agradecidos com esse belíssimo trabalho.
Mais uma vez eu digo: Está SHOWCRÍVEL!!!!

Viviane Negreiros disse...

Não há melhor maneira de homenagear Miguel do que contando a sua história; a sua brilhante carreira e que,se Deus assim permitir, será muito mais longa ainda.Ele tem mais é que se orgulhar porque tudo o que conseguiu foi com muito trabalho,muito suor,muito esforço.Eu me orgulho a cada dia mais de ser fã dele e não me envergonharei disso nunca.Quando ele for assistir vai se emocionar tanto quanto nós.Obrigada Miguel por tudo e obrigada Vinícius e Elaine por também terem nos dado esse presente.Encerro emocionada esse texto.

Pamela Salette disse...

Parabéns Vinícius, Eliane e a quem colaborou para formação do vídeo, ficou tudo ótimo, desde a qualidade das cenas aos textos, maravilhoso mesmo!
Obrigada por nos proporcionar o prazer de ver um pouco mais da vida e da carreira do Miguel!

Abraços !

OBS: e espero que o blog continue com essa força total.